O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse que uma comissão vai decidir sobre a anulação de questões do
Enem consideradas problemáticas por professores de cursinhos. Ontem docentes do
Objetivo defenderam a anulação de duas questões. "Estamos seguros da
capacidade das pessoas que elaboraram as provas. Mas uma comissão vai avaliar
essas questões", disse Mercadante, que recebeu os parabéns da presidente
Dilma Rousseff depois de passar um relato sobre a realização do Enem "como
ela gosta, com todas as casas decimais".
(CONTINUA)
Professores ouvidos pelo
Estadão.edu fizeram reparos a cinco questões das provas de Ciências Humanas e
Ciências da Natureza do Enem, aplicadas no sábado. Dois testes de física são os
mais problemáticos. Etapa e Oficina do Estudante contestam o item 49, da prova
amarela; Etapa e Objetivo também criticam a questão 51 da mesma prova.
Professores do Objetivo defendem o cancelamento da questão 51 e da 20, de
história.
Na questão 20, o aluno deveria
analisar um mosaico e inferir qual característica política romana estava
presente na figura. "Havia duas possibilidades de resposta correta",
comenta o professor Daily de Matos Oliveira, do Objetivo. "As respostas
sobre imperialismo e diversidade dos territórios poderiam ser consideradas corretas.
Isto pode ser questionado."
O item 51 envolvia a densidade de
um legume. Na pesquisa da internet mencionada na questão a densidade do legume
é metade da densidade da água. O mesmo enunciado, entretanto, diz que o legume
fica um terço para fora da água quando submerso. "Essa pergunta é
totalmente furada", diz o professor de física do Objetivo Ricardo Helou
Doca. "O aluno que privilegiou a parte final do enunciado se deu
mal."
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