Do UOL, em São Paulo
DESEMPENHO EM MATEMÁTICA DE ALUNOS
DE 15 ANOS
Fonte: CNI/OCDE/Pisa (2010)
No Brasil, a baixa qualidade da educação básica e das
faculdades, e a pouca oferta de ensino profissionalizante atrapalham a
inovação, a produtividade e a competitividade das empresas.
A avaliação consta do "Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022".
O estudo foi realizado em nove meses pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), com participação de cerca de 500 representantes empresariais, e
apresentado nesta terça-feira (21).
O documento faz uma análise dos desafios do país para a próxima
década na área industrial e apresenta dez pontos que a CNI considera
fundamentais para melhorar a produtividade e a competitividade.
Segundo o mapa, os resultados em termos de qualidade da educação
não são condizentes com o volume de recursos investidos na área. O investimento
em educação no Brasil representa 5,7% do PIB, percentual próximo ao de países
como Holanda, França e Estados Unidos.
Na última avaliação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação
de Alunos, realizado pela OCDE), em 2009, o Brasil ocupou a 54ª colocação,
enquanto a Holanda ficou em 9º lugar, a França em 25º e os EUA em 26º.
A situação é pior quando o conteúdo avaliado é matemática, que
coloca os alunos brasileiros na 57ª posição. . Esse estudo avalia alunos de 15
anos de idade.
Somente 15% dos jovens
brasileiros acessam o ensino superior, o que equivale a 4 milhões de pessoas,
sendo que a taxa de conclusão é de apenas 15,2% dos ingressantes, diz a CNI,
citando dados do Senai de 2012).
Em 2010, havia cerca de 10 milhões de graduados –10% da
população adulta brasileira–, enquanto no Chile essa taxa é de 25% e, na média
da OCDE, de 30%.
A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um
gargalo para a inovação, diz a CNI. Na graduação tecnológica, os números são
considerados "baixíssimos": apenas 0,16% da população entre 20 a 29
anos frequentavam um curso desse tipo em 2007, enquanto 11,26% das pessoas na
mesma faixa frequentavam cursos de graduação regulares.
A CNI destaca a "escassez
de engenheiros", cuja atividade possui um impacto amplo sobre muitos
setores e atividades, sobretudo para a indústria. Somente 5% dos graduados no
Brasil formam-se em engenharia.
Enquanto o país tem dois graduados em engenharia para cada 10
mil habitantes, no Japão, são 10,2 e na China, 13,4. Além disso, há a questão
da qualidade dos profissionais formados, sobretudo das universidades privadas,
que é considerada baixa.
GRADUADOS EM ENGENHARIA PARA CADA
10 MIL HABITANTES
Fonte: CNI/Iedi (2010)
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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