A pesquisa do IBGE encontrou 3,518 milhões de jovens de 5 a 17 anos que trabalhavam em 2012 no Brasil, redução de 156 mil pessoas (4,2%) em relação a 2011. Mas o indicador não recuou em todas as regiões e idades. Embora avalie que a redução não foi estatisticamente relevante, o instituto apontou queda do trabalho infantil nas faixas até 15 anos. O IBGE apurou, porém, que, em relação ao ano anterior, havia em 2012 mais 82 mil trabalhadores de 16 e 17 anos.
A diminuição ocorreu basicamente entre homens - só 1,28% da retração foi de mulheres -, mas no Centro-Oeste e no Sudeste a pesquisa encontrou 8 mil crianças de 5 a 9 anos trabalhando a mais. Em três Estados ricos - São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -, o número de integrantes desse grupo etário que trabalhava ficou estável em 2012, ante 2011.
"O trabalho infantil teve redução, mas ela não é estatisticamente significativa", disse a presidente do IBGE, Wasmália Bivar. "No caso da população infantil, é preciso considerar que uma pesquisa por amostragem apresenta restrições." O número de 2012 foi mais modesto do que o de anos anteriores e pode ter indicado um decréscimo no ritmo da redução do trabalho infantil no País. Em 2008, apontou a PNAD, havia 4,452 milhões de pessoas de 5 a 17 anos que trabalhavam - menos 367 mil (7,61%) que em 2007, quando eram 4,819 milhões.
Por grupo de idade, a maior redução do trabalho infantil no Brasil ocorreu na faixa de 10 a 13 anos - de 615 mil para 473 mil, menos 142 mil trabalhadores mirins (23% de queda). A segunda maior diminuição aconteceu entre jovens com 14 ou 15 anos, de 963 mil para 875 mil, menos 88 mil pessoas, redução de 9,13%. Entre os meninos e meninas de 5 a 9 anos, a queda foi ligeiramente menor, 9% - de 89 mil para 81 mil.
Para a gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira, a queda no trabalho infantil só foi significativa na faixa de 10 a 13 anos. "Pode ser muito em função dos programas de combate ao trabalho infantil e do incentivo à escolarização."
Sexo. O recuo nacional foi, na maior parte, masculino, com 154 mil homens trabalhando a menos (a contagem caiu para 2,288 milhões em 2012). Entre as mulheres, a diminuição foi menor, de 1,232 milhão para 1,1230 milhão.
Fonte: estadao.br.msn.com
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