*Por Machado Freire
Precisamos fazer uma homenagem ao bispo de Afogados da Ingazeira que, na sua sinceridade, falou pelos sertanejos, tapando de uma vez a boca dos puxa-sacos e mentirosos que se arvoram em dizer que o sertão é um “céu aqui na terra.”
Nosso atraso – como bem lembrou o bispo Egídio Bisol – é de mais de 30 anos, como eu sempre tenho reclamado.
Estamos atrasados em tudo, menos na corrupção e na safadeza que campeiam no Brasil e aportaram no sertão gerando ladrões e bandidos.
Ainda tentam negar a existência da zona de plantação, abastecimento, comercialização, recepção e exportação, de maconha, cocaína, armas e do crack.
Essa epidemia acontece exatamente porque os governos -desde os tempos da ditadura, abandonaram o Sertão e passaram a sangrar o Bandepe, Banco do Brasil, Caixa e a Sudene para se tornarem mais ricos e terem a oportunidade de comprar as eleições, em todos os níveis.
Quem viveu e lutou como eu e outros poucos companheiros, se sente bastante aliviado e a certeza do dever cumprido, como cidadão e cristão, quando ouve e ler informações (depoimento sério e verdadeiro) do bispo de Afogados da Ingazeira.
Tomara que a juventude sertaneja caia na real e faça valer os seus direitos de cidadania e não se deixe levar na conversa mole de algumas figuras oportunistas que chegaram (só Deus sabe como ) ao poder e dele não querem sair porque estão se dando muito bem obrigado, em detrimento da maioria do nosso povo que amarga uma seca que é mais do que uma indústria de votos.
*Machado Freire é Editor do Jornal Folha do Sertão, e fala sobre homilia de Dom Egídio em Serra Talhada, criticando a indústria da seca
Fonte: Site do Nill Junior
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