O desafio para o Brasil no futuro será replicar em todo o sistema educacional as experiências inovadoras de ensino, ainda muito concentradas em poucas escolas, segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Entre os gargalos no sistema brasileiro estão a fragmentação das políticas educacionais (divididas entre União, Estados e municípios), a falta de estrutura das redes e a dificuldade para que os professores, na maioria formados na perspectiva tradicional, adaptem-se às constantes transformações.
"Ter um ensino personalizado significa levar em conta que instrumentos culturais fazem parte do mundo dos alunos e trazer essa forma para dentro da escola. Não adianta impor um modelo de ensino instrutivo (professores ditando as matérias) para um aluno que vive nas redes sociais", explica Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Ela explica que o Brasil não conseguirá inovar na educação antes de rever como os professores são formados. "Não vamos mudar só com formação continuada, que é o que as redes estão fazendo. Tem de mexer na formação inicial dos professores, nas licenciaturas", diz.
Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, afirma que as escolas terão de acompanhar as demandas do mundo contemporâneo. "Escola e juventude não podem ser simplesmente consumidoras de informações, mas produtores de conhecimentos", defende. Para ele, as tecnologias terão cada vez mais destaque. "A educação do futuro será um grande laboratório hacker, com produção de materiais multimídia o tempo todo."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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