José Patrício/Estadão"Extracurricular. Paola participa de um grupo de jogos" |
Escolas têm investido em aulas e projetos focados em ajudar os estudantes a aprimorar a sua capacidade de resolver problemas
Com apenas 11 anos, Paola Guerra garante que aprendeu a pensar de maneira diferente por causa do xadrez, que joga desde os cinco. "O xadrez me ajuda em momentos que eu nem imaginava. Penso muito antes de fazer qualquer coisa, em qual pode ser a atitude do próximo diante de uma atitude minha", diz a estudante do 6.º ano do ensino fundamental do Stance Dual, escola localizada no centro de São Paulo.
O colégio tem um projeto de jogos estratégicos, que percorre conteúdos trabalhados em várias disciplinas e promete estimular o raciocínio lógico. "Os jogos melhoram o raciocínio lógico dos alunos, bem como a sua capacidade de lidar com frustrações, solucionar problemas e se comunicar verbalmente", diz a coordenadora do projeto, Sandra Guidi.
Assim como o Stance Dual, diversas escolas têm investido em aulas e projetos focados em ajudar os estudantes a aprimorar a sua capacidade de resolver problemas. No Colégio Radial, na zona sul, os alunos do segundo ciclo do ensino fundamental têm conceitos de robótica inseridos na grade curricular.
"Eles têm de resolver problemas como fazer a contagem de peças a serem guardadas em uma caixa. Isso ajuda na hora de arrumar o quarto, por exemplo. Eles conseguem fazer as coisas de forma mais rápida e automatizada", afirma Ricardo Nunes, professor de tecnologia da escola.
Autonomia. De acordo com educadores, esse tipo de trabalho também aumenta a autonomia dos jovens. "Com o passar do tempo, o aluno começa a decidir os projetos que vai realizar e como vai realizá-los", explica Jefferson de Jimenez, professor de Robótica do Colégio Humboldt, também na zona sul de São Paulo. Na escola, a atividade é extracurricular.
Fonte: estadao.br.msn.com
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