Em São Paulo
Somente oito redes estaduais entre as 27 Unidades da Federação têm média no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2013 maior do que a nota nacional, que é de 483 pontos - ainda assim distante da média das privadas do País, que é de 570. A melhor média é a do Estado de São Paulo, com nota de 507, apesar de ter recuado cinco pontos.
O Estado do Rio Grande do Sul é o que registrou maior proporção de escolas com notas acima da média nacional: 74%.
Os dados levam em conta médias ponderadas com o número de alunos e foram tabulados pela equipe da Meritt, empresa de informação educacional. As redes estaduais concentram 85% dos alunos de ensino médio.
Na comparação com 2012, a média da rede estadual teve uma piora de apenas um ponto, passando de 484 para 483. Para conseguir a certificação do ensino médio pelo Enem, por exemplo, o mínimo que se exige do participante é uma média de 450 pontos em cada área.
Quinze Estados conseguiram avanços na média das redes, mas sempre de poucos pontos. A maior variação foi de Rondônia, cuja média passou de 468 para 479 - 11 pontos. Nove redes estaduais tiveram pequenas variações negativas na média, incluindo São Paulo, Minas e Bahia.
Proporção
Apenas sete Estados conseguiram registrar mais da metade das escolas com notas acima da média nacional: São Paulo, Minas, Distrito Federal, Paraná, Rio, Santa Catarina, além do Rio Grande do Sul. O cenário é igual ao do Enem 2012. O Amapá não tem nenhuma escola acima da média.
Segundo o professor Ocimar Alavarse, da USP (Universidade de São Paulo), os resultados não refletem toda a realidade. "O número de escolas públicas que tiveram nota divulgada não representa a realidade, poucos alunos participam. Se todos participassem, tenderia a ser pior."
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo afirmou que o ensino médio "é um desafio nacional". "Nas 5 mil unidades da rede, os alunos têm acesso a um currículo unificado e são avaliados constantemente, até mesmo nas competências que o exame nacional abrange". A pasta destacou a existência de um cursinho pré-universitário online.
O secretário de Educação do Rio Grande do Sul, José Clovis de Azevedo, disse que a rede implementou projetos de pesquisa para o ensino médio. "Isso mobilizou a juventude. A pesquisa torna o aluno sujeito de sua aprendizagem." Nenhum representante foi localizado na secretaria do Amapá.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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