domingo, 18 de janeiro de 2015

ÍCONES DA MÚSICA BRASILEIRA: JOANNA

Maria de Fátima Gomes Nogueira (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1957), mais conhecida como Joanna, é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.
Criada no subúrbio carioca, a carreira de cantora teve início quando da participação em festivais do interior do estado e atuou também como backing vocal de conjuntos de bailes e casas noturnas. Devido ao sucesso no programa de calouros A Grande Chance, assinou com a gravadora RCA, que posteriormente se transformou em BMG (atualmente Sony BMG), que lançaria quase todos os discos. O primeiro LP gravado foi Nascente, que vendeu oitenta mil cópias e a ele pertence o primeiro grande êxito popular da carreira, a canção "Descaminhos" (parceria sua com Sarah Benchimol).
Os discos tinham uma linha mais comercial no início da carreira, principalmente de canções para trilha sonora de telenovelas e atendendo a tendências mercadológicas e por isso, todos receberam muitas críticas negativas. Joanna consagrou-se como cantora popular através das interpretações de canções românticas, que são as mais recorrentes na carreira. As canções "Recado" (Renato Teixeira), seguida pelo sucesso de "Espelho"(do disco Joanna-1984), "Momentos", "Quarto de Hotel" e "Uma Canção de Amor" (as duas últimas de autoria de Gonzaguinha, de quem gravou muitas canções especialmente para uma intérprete), "Nos Bailes da Vida" e de maior apelo popular como: AMANHÃ TALVEZ, TEU CASO SOU EU, UM SONHO A DOIS, ACONTECEU, AMOR BANDIDO, PROMESSAS e TUA FERA , foram um sucesso de execução e vendagem.

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Em 1980 gravou o especial Mulher 80 (Rede Globo), o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Gal Costa, Rita Lee e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.


Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d´água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

O maior sucesso de vendagem foi o disco auto-intitulado de 1986, que vendeu cerca de 1.000.000 (UM MILHÃO) de cópias e contou com a participação especial do grupo Roupa Nova na canção Um Sonho a Dois. Este álbum levou Joanna a turnês mundiais pelos países de língua latina, onde alcançou grande sucesso e recebeu inúmeros prêmios. No álbum Primaveras e verões (1989), comemorativo dos dez anos de carreira, gravou canções de compositores habituais daquela fase,NOSSO AMOR, OUVINDO ESTRELAS, MEU JOGO E OLHO POR OLHO e também trouxe uma parceria sua com Cazuza: "Nunca Sofri por Amor".


Na década de 1990, deixou o repertório comercial temporariamente de lado e se dedicou a ambiciosos projetos especiais, lançando os discos Joanna canta Lupicínio (1994), um tributo ao compositor Lupicínio Rodrigues que vendeu cerca de 400 mil cópias e Joanna em samba-canção (1997), que trouxe diversas canções consagradas do gênero. Ambos foram produzidos por Roberto Menescal e este último originou um elogiado espetáculo que obteve excelente aceitação de público e crítica especializada. Prosseguiu com a primeira produção de um álbum totalmente em uma língua estrangeira, Intimidad (1998), no qual interpretou canções consagradas do bolero latino-americano e hispânico. Produzido por Armando Manzanero e gravado totalmente fora do Brasil, este acabou por atingir a marca de 250 mil cópias vendidas.

O último trabalho neste caminho foi 20 anos (1999), comemorativo dos vinte anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outros choros e sambas de raiz inéditos. Entre os méritos este contava ser o primeiro disco ao vivo, cujo maior sucesso foi a inédita "Tô Fazendo Falta",que trouxe Joanna de volta ao sucesso com a música ficando entre as 5 mais tocadas no ano, apresentada em duas versões; desta vez o disco acabou atingindo a marca de 210 mil cópias vendidas. No ano seguinte, o álbum originalmente duplo, seria relançado numa versão simples pela gravadora Som Livre, que trouxe parte do repertório e ainda a inédita "Nada Sério" regravada no disco seguinte, Eu Estou Bem. Na década de 1990, também lançou os discos Joanna (1991), Alma, Coração e Vida (1993) e Sempre no meu Coração (1995), todos com grande sucesso de vendagem e execução. Inclusive a versão em CD do segundo trouxe duas faixas-bônus: "Água e Vinho" e "Fruto Proibido".

Em 2001 voltou a investir no repertório comercial com o álbum Eu Estou Bem, que mesclou canções inéditas e regravações, investindo numa incursão ao pop. A reedição deste álbum contou com a canção "A Padroeira", tema de abertura da novela homônima, de Walcyr Carrasco. Neste mesmo ano saiu da BMG, transferindo-se para a Sony Music, três anos antes da fusão com a antiga gravadora, onde lançou dois discos: Em Oração e Todo Acústico.

A gravação do álbum Em Oração, gravado ao vivo na cidade paulista de Aparecida, rendeu o primeiro DVD da carreira cujo conceito foi uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, por quem desde a infância nutre uma extrema devoção. O disco seguinte, Todo Acústico, trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas neste formato, contando com as participações especiais de Maria Bethânia, Fagner, Jorge Aragão e o grupo KLB.

Em 2004 chegou aos vinte e cinco anos anos de carreira com o disco 25 anos Entre Amigos (Universal Music), e dois anos depois, veio Joanna ao vivo em Portugal, país este onde goza de grande popularidade , lançado pela Som Livre, que é o terceiro álbum ao vivo e o segundo DVD; no repertório, alguns fados e regravações dos antigos sucessos. Em 2007, lançou o álbum Joanna em Pintura Íntima que novamente rendeu um álbum de vídeo.

Fonte: Wikipédia

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