terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bancários entram em greve por tempo indeterminado; veja como pagar contas

Do UOL, em São Paulo

Bancários de bancos públicos e privados de todo o país entram em greve nacional nesta terça-feira (30), por tempo indeterminado. De acordo com o órgão sindical, por volta das 9h45, 75 sindicatos em 24 Estados, ligados à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), tinham aderido à paralisação.
O Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores de bancos públicos e privados.
Um balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça, com base nas informações que estão sendo enviadas pelos sindicatos para a Contraf-CUT. Procurada pelo UOL, a entidade que representa os bancos, a Febraban, ainda não tinha se pronunciado até a publicação desta reportagem.

Consumidor deve pagar as contas em dia

A greve dos bancários não tira do consumidor a obrigação de pagar as contas em dia, segundo o Procon de São Paulo. A orientação do órgão é que os consumidores procurem as empresas que emitiram as faturas para pedir outras opções de pagamento.
É importante lembrar que há vários serviços alternativos que não são afetados pela greve, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. Os pagamentos também podem ser feitos por meio de cheque, cartão e Débito Direto Autorizado (DDA).
Reivindicações e propostas

No sábado (27), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 7,35% para salários e demais verbas, sendo 0,94% de aumento real, descontando a inflação. Para os pisos, a proposta foi de reajuste de 8%, sendo 1,55% acima da inflação.
A proposta foi considerada insuficiente. Os trabalhadores pedem aumento de 12,5%.
"Além de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis, como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 
Por sua vez, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) afirmou que "a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo", segundo comentário do diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. 
As principais reivindicações dos bancários
  • Reajuste salarial de 12,5%
  • Piso salarial de R$ 2.979,25
  • Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais parcela adicional de R$ 6.247
  • 14º salário
  • Vale-alimentação, vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: de R$ 724 ao mês cada
  • Vale-cultura de R$ 112,50 para todos
  • Fim das metas abusivas
  • Combate ao assédio moral
  • Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria
  • Plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) para todos os bancários
  • Auxílio-educação, com pagamento de graduação e pós-graduação
  • Prevenção contra assaltos e sequestros
Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT)
Principais pontos da proposta feita pelos bancos
  • Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real)
  • Piso escritório (após 90 dias) de R$ 1.779,97, com reajuste de 1,55% acima da inflação
  • PLR de 90% do salário, mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42
    Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91. PLR parcela adicional de 2,2% do lucro líquido, dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.637,02.
  • Auxílio-refeição de R$ 24,88
  • Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 426,60
  • Auxílio-creche/babá de R$ 355,02 (para filhos de até 71 meses) e R$ 303,70 (até 83 meses)
  • Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto de R$ 121.468,95
Fonte: Federação Nacional de Bancos (Fenaban)
Leia mais em: http://zip.net/bnpJCv

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