Em estado de greve, 2 mil educadores
aprovaram em assembleia passeata e paralisação de dois dias
Trabalhadores
em educação lotaram o Teatro Boa Vista, na tarde desta segunda-feira (23), para
saber dos resultados da última reunião de negociação com representantes do
governo, que quer dar a categoria 13,01% aos professores com nível médio, o
antigo Magistério e 0,89% para os docentes com nível superior. Insatisfeitos
com a proposta, professores resolveram paralisar as atividades nesta quarta e
quinta (26), para cobrar seriedade do poder público em relação a educação.
Na
assembleia, o presidente do Sintepe, Fernando Melo, detalhou desde a chegada do
Projeto de Lei na Alepe até a suspensão momentânea da votação do mesmo. Em
seguida, o sindicalista reafirmou que a posição do sindicato juntamente com os
trabalhadores é manter 13,01% de reajuste para toda categoria. “Exigimos o
respeito ao Plano de Cargos e Carreira. Os professores que têm nível superior
sentem-se prejudicados com o percentual oferecido”, assegurou Melo. Para cobrar
um posicionamento concreto do governo estadual, os trabalhadores deliberaram em
assembleia uma passeata até o Palácio do Governo, além de decidirem cruzar os
braços na quarta e quinta-feira (26).
No caminho, entre os educadores que conversamos está Valter Barbosa,
professor de História da Escola Edmur Arlindo de Oliveira, que garantiu que a
categoria precisa desenvolver mecanismos de pressionar mais ainda o governo,
que na negociação pouco acrescenta. Representantes das escolas de referência,
colocadas pelo governo como modelo na educação, participaram da passeata e
mostraram-se indignados com as propagandas mentirosas. “Temos muitos problemas
estruturais. A escola não é modelo porque falta ventilação, as salas estão
superlotadas, falta merenda, falta merendeira. A sociedade precisa ver como o governo
trata a educação”, garantiram as professoras.
Para que você acompanhe os próximos passos da luta, disponibilizamos a
agenda aprovada pela categoria, que está em estado de greve, na assembleia da
tarde desta segunda-feira (23).
24/03 – Mobilização nos locais de trabalho;
25 e 26/03 – Paralisação das atividades;
27/03 – Assembleia geral da categoria, às 9h, local ainda será definido;
30/03 – Reunião de representantes com o governo, às 16h, na Secretaria
de Administração;
31/03 – Nova assembleia da categoria, à tarde, local a definir.
Fonte: SINTEPE
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