A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoverá a webconferência Educação Financeira e Previdenciária, aberta ao público, no dia 18 de março. Esta é uma das iniciativas executadas pelo MEC desde a instituição da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), em dezembro de 2010, pelo decreto 7.397.
A Enef foi instituída pelo governo federal em razão da adoção de políticas de inclusão social, igualdade racial e melhoria da vida do cidadão, explicou a educadora Sueli Mello, presidente do Grupo de Apoio Pedagógico do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) e representante do MEC. “É importante para os empreendedores, como os que trabalham na agricultura familiar, cooperativas e também os autônomos”, disse.
O Conef, criado para gerir e coordenar programas da estratégia, propôs que a educação financeira fosse disseminada em ações para escolas de nível fundamental e médio, e também em ações para aposentados e mulheres beneficiárias do Bolsa Família.
A experiência de um projeto piloto desenvolvido pelo Conef e o MEC, com alunos do ensino médio, rendeu ao país o relatório The impact of high school education – experimental evidence from Brasil (O impacto do ensino médio – a experiência do Brasil, em tradução livre) do Banco Mundial. Nesse piloto, o tema foi integrado às matérias de matemática, ciência, história, geografia e português.
“A intenção não é de introduzir a disciplina de educação financeira”, explica Sueli Mello, “mas sim de integrá-la ao conjunto de conteúdos.” O resultado, segundo o relatório do banco, comprovou a capacidade dos alunos de se tornarem agentes de mudança de hábitos familiares.
De acordo com o documento, muitos pais reagiram positivamente aos exercícios de casa, que provocaram diálogos sobre orçamento familiar, gastos, poupança e até comparações e análises sobre juros e taxas bancárias. A meta agora, explicou Sueli Mello, “é replicar essa experiência piloto que ocorreu em escolas dos estados do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e no Distrito Federal, em toda rede pública do ensino médio e fundamental”.
O conteúdo do material didático, elaborado por um time de especialistas em educação, psicologia e sociologia, abrangeu nove temas diferentes: vida familiar cotidiana, vida social, grandes projetos, bens pessoais, trabalho, empreendedorismo, bens públicos, economia do país e economia do mundo.
Conef – O Conef é composto por oito órgãos federais: Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência Nacional de Previdência Complementar, Superintendência de Seguros Privados, Ministério da Fazenda, Ministério da Educação, Ministério da Previdência Social e Ministério da Justiça. Até o fim deste ano, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a BM& Bovespa, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) participam como convidadas.
Nessa Webconferência o público poderá se informar sobre o histórico da Estratégia Nacional de Educação Financeira, a atuação do MEC, o programa piloto nas escolas de ensino médio e as publicações sobre o tema avaliadas pelo ministério. As atividades sobre as ações estão só começando. Em maio próximo, de 5 a 9, a SEB e o Conef promovem a Semana Nacional de Educação Financeira.
Acesse a webconferência, em 18 de março, das 15h30 às 17h
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Fonte: MEC
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