A simulação das dificuldades vividas pelos idosos foi uma das atividades dos estudantes que participam da Oficina de Inovação em Saúde, na 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), em Porto Alegre. Antes de iniciar os trabalhos de desenvolvimento de projetos e produtos inovadores voltados para a saúde do idoso, os estudantes usaram uma vestimenta que limita os movimentos e óculos que simulam doenças como catarata e glaucoma, dentre outras.
Aisha Queiróz, aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), sentiu a experiência direta dos problemas enfrentados pelos idosos. Ela revela que a sensação foi estranha. “As articulações não fechavam completamente, não tinha um movimento completo dos braços e das pernas, a coluna não conseguia ficar ereta”, relatou. “Existia muita dificuldade de pegar alguma coisa ou estender o braço. Foi bem complicado.”
Passar pela situação com o traje ajudou a estudante a estimular a criatividade para a busca das soluções inovadoras que auxiliem os idosos. “Estando na pele da pessoa, sabemos o que ela está sentindo”, disse. “Isso facilita para criarmos uma solução.”
O objetivo da simulação foi o de mostrar aos estudantes, e fazê-los sentir, na prática, o que se passa com idosos. "É uma possibilidade de os estudantes desenvolverem por conta própria soluções para a saúde do idoso, dentro da realidade dos hospitais universitários da rede pública”, salientou o chefe do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Schor, um dos coordenadores da oficina no Campus de Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).
De acordo com Schor, dentro dos temas propostos para a criação de soluções — prevenção à cegueira, situação de risco ao idoso, hospital 2.0 e hospital amigo do idoso —, a partir da experiência criada, os alunos tendem a se sentir mais seguros no desenvolvimento de ideias e soluções. “O objetivo é apresentar ideias para oferecer melhor qualidade de vida aos idosos que sofrem com as limitações”, afirmou. “Quando as pessoas ficam idosas, começam a ter limitações, como a mobilidade e a visão.”
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Fonte: MEC / Setec
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