Da
Agência Brasil, em Brasília
A derrubada do veto presidencial ao projeto de lei
que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo não revoga a MP
592/12, que destina a receita dos royalties e recursos do Fundo Social do Pré-Sal
para a educação. A constatação está no relatório da CGU (Controladoria-Geral da
União) entregue à comissão mista formada para a análise da medida. O relatório
sugere também alterações para adequação às novas regras.
Os parlamentares que participam da comissão pediram à
controladoria para analisar a validade da medida e as mudanças que precisam ser
feitas. No relatório consta que "a rejeição do veto parcial aposto à Lei
12.734/2012 não tem, por si só, o condão de revogar o disposto na Medida Provisória
592, do mesmo ano. De fato, a rejeição ao veto introduz no ordenamento jurídico
novas normas, cujo conteúdo deve ser cotejado com as existentes, aplicando-se,
para fins de verificação de sua vigência, os critérios da especialidade,
hierarquia e temporalidade".
Hoje foi a primeira de três audiências públicas. Estiveram
presentes representantes do setor de petróleo e gás. De acordo com o
superintendente de Participações Governamentais da ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), José Gutman, a arrecadação de
royalties e participações especiais no setor alcançará R$ 33,2 bilhões neste
ano. A previsão da agência é que a arrecadação dobre até 2020, alcançando R$
67,3 bilhões. Em 2011, a produção média brasileira foi 2,2 milhões de barris de
petróleo por dia. A expectativa de crescimento é pequena para este ano, mas até
2020, estima-se que se alcance 4,4 milhões de barris.
Também presente na audiência, o secretário de Petróleo, Gás e
Recursos Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins
Almeida, diz que ainda não foram feitos cálculos de quanto desse montante será
destinado à educação.
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário