Nada de carro e ônibus. Um estudo divulgado
recentemente, elaborado por pesquisadores da Universidade de Granada, Universidade
Autónoma de Madrid e Universidade de Zaragoza, todas na Espanha, mostrou que os
adolescentes que vão à pé para a escola (caminhando pelo menos 15 minutos por
dia) apresentam melhor rendimento cognitivo em relação àqueles que utilizam
ônibus ou carro. O estudo avaliou 1.700 jovens entre 13 e 18 anos (808 meninos
e 892 meninas) de cinco cidades espanholas.
Os autores concluíram que os alunos
que caminham 15 minutos, em relação aqueles que não o fazem, melhoram o
desempenho escolar porque o exercício, além de se tornar um hábito saudável e
diário, estimula suas funções cognitivas. Isso contribui para que se tornem
mais ativos no restante do dia e, consequentemente, em sala de aula.
Na adolescência a plasticidade do
cérebro é maior do que qualquer outro período da vida, por isso, é importante
estimular atividades físicas nessa fase. "Os adolescentes que não praticam
exercícios, como caminhar ou pedalar, acabam tendo menos estímulos, que são
necessários para melhorar sua aprendizagem e desempenho acadêmico",
disseram os investigadores da pesquisa ao ABC.es.
Em seguida, para medir o desempenho
cognitivo desses alunos, os pesquisadores usaram a versão de um teste espanhol
que mede a proficiência na língua, a velocidade em realizar cálculos matemáticos
e capacidade de raciocínio.
De bicicleta
A pouco mais de 2.500 km de distância
da Espanha, outra pesquisa realizada em 2012 por pesquisadores da Universidade
de Aarhus, na Dinamarca, revelou que as crianças que vão à pé ou de bicicleta à
escola se mostravam com mais concentração na realização de tarefas escolares.
O estudo analisou cerca de 20 mil
crianças, de cinco a 19 anos, e concluiu que ao caminhar ou pedalar ao local
onde estudavam, as crianças apresentavam mais facilidade, em comparação àquelas
que iam de automóvel, de montar um quebra-cabeça, por exemplo.
Segundo os pesquisadores, as boas
implicações da caminhada ou pedalada perduram nas crianças por até quatro horas
depois do exercício físico. Ainda de acordo com a pesquisa aquelas que não vão
de carro ou ônibus têm uma relação mais íntima com os arredores dos bairros
onde vivem, já que os conhecem melhor as paisagens do que aqueles que pegam
caronas com seus pais. Isso permite, por exemplo, que, ao longo dos anos, as
crianças e os jovens não se tornem tão dependentes dos automóveis.
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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