Esqueça por alguns instantes o velho
quadro de giz. Em poucos minutos caminhando pelos estandes da 20ª Educar Educador,
realizada em São Paulo, é possível conhecer uma nova sala de aula: a lousa é
digital e os tablets parecem indispensáveis. Os óculos 3D são usados para uma
imersão no corpo humano durante a aula de biologia ou em uma "viagem"
para conhecer a formação geológica da terra.
A feira começou na quarta (22) e vai
até o sábado (25) no Centro de Exposições Imigrantes. Com o tema "Educação
3.0. A Escola do futuro chegou?", o evento tem palestras pedagógicas e
reúne mais de 200 expositores nacionais e internacionais, que atuam em diversas
áreas para melhorar o dia a dia de professores e alunos.
Principal produto apresentado durante
a feira, as lousas digitais são encontradas de todos os tamanhos, diferentes
disciplinas e recursos tão variados quanto a criatividade dos professores. Além
dos quadros que possibilitam ao professor escrever, desenhar, usar fotos,
vídeos e buscar informações na internet sobre o tema da aula, há outros
lançamentos para o mercado da educação. São jogos matemáticos, kits para o
estudo de ótica e equipamentos que simulam a geração de energia em uma
hidrelétrica.
Os lançamentos parecem inovadores, mas o que
faz sucesso mesmo é o estande dos livros. De um lado, um jogo educacional
interativo atrai alguns expectadores, enquanto do outro, os professores e
especialistas se amontoam para conhecer quais são os lançamentos editoriais.
Prática
A pesquisa TIC (Tecnologias de Informação e
Comunicação) Educação 2012, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Comitê
Gestor da Internet no Brasil aponta que menos da metade dos professores de
escolas públicas (44%) tiveram disciplinas na faculdade que estivessem voltadas
ao uso do computador como ferramenta pedagógica.
"Nós ainda temos cursos de pedagogia que
sequer mencionam tecnologia. A infraestrutura é importante, mas precisamos
avançar na capacitação pedagógica para uso dessas tecnologias", disse
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da
Informação e da Comunicação).
Outro fator limitante para uso das
tecnologias no processo de educação é a velocidade da internet. Embora ela
esteja presente em 89% das escolas públicas urbanas, 26% delas têm conexão com
velocidade de 1 megabite a 2 megabites, faixa mais comum. Também é alto o
percentual de diretores (24%) que não souberam informar o tipo de conexão
presente nas escolas. Nas particulares, a faixa de velocidade mais encontrada é
igual ou superior a 8 megabites.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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