Do UOL, em São Paulo
Após escolher qual carreira seguir e qual instituição de ensino se encaixa em suas
expectativas e condições, os estudantes precisam se preparar para o ingresso no
ensino superior. A universidade escolhida utiliza qual critério? É preciso
fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)? Há distribuição de bolsas?
Para responder a todas essas
questões, os vestibulandos devem ficar atentos aos sites das instituições e
pesquisar as opções de entrada. Uma boa dica é consultar provas de outros anos.
·
"O aluno deve saber bem qual é o
critério utilizado pela faculdade que ele deseja entrar e ir ao site para
pesquisar exames anteriores", afirma Paulo Motta, professor de
psicologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Assis e especialista em
orientação vocacional.
Andrea Godinho de Carvalho Lauro,
orientadora profissional do colégio Vértice, concorda e lembra que existem
diversas formas de processos seletivos, principalmente nas universidades
privadas. "Pode haver um vestibular continuado ou então o tradicional.
Isso varia de faculdade para faculdade".
Nesse modo de entrada, o candidato
preenche um cadastro e agenda um dia para ir até a instituição de ensino para
fazer uma prova Em função do desempenho e se houver vaga, o estudante já
pode fazer a matrícula.
Vestibular
tradicional
Grande parte das instituições de
ensino aderem a um processo seletivo próprio, em que os candidatos que fizeram
as maiores pontuações são selecionados.
Cada faculdade define os seus
critérios, mas é possível que haja uma primeira fase, onde há testes de
múltipla escolha, e uma segunda, com exame discursivo que cobra conhecimento
sobre os conteúdos propostos no manual do candidato.
Vestibular
continuado ou seriado
Esse critério de seleção analisa os
estudantes durante o ensino médio por meio de provas que são aplicadas ao final
de cada um dos três anos, abordando conteúdos previstos.
"Nele, o estudante deve fazer
provas nos primeiro, segundo e terceiro anos e, ao final, o conjunto dessas
notas compõe uma nota de seleção", diz Godinho, do Vértice. É o caso da UnB(Universidade de
Brasília).
Enem
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi criado em 1998
com o objetivo de diagnosticar a qualidade do ensino médio no país. Em 2009, o
exame ganhou uma nova função: selecionar ingressantes nos cursos superiores de
faculdades e universidades federais.
O exame pode ser utilizado como único
critério de seleção ou ainda como parte da nota final da primeira fase do
vestibular de algumas instituições e para preencher vagas remanescentes.
"Ele é mais voltado para as questões práticas e foi muito
bem aceito pelos estudiosos", afirma Paulo Motta, da Unesp. "Ele
torna o vestibular mais acessível, principalmente aos alunos oriundos da escola
pública".
Outra modificação foi a criação
do Sisu (Sistema de Seleção
Unificada), no qual instituições públicas de ensino superior
oferecem vagas para candidatos participantes do Enem.
"As faculdades públicas, em sua maioria, têm um vestibular
tradicional, com data marcada. Mas existem aquelas que usam somente o Enem.
Então, você deve se inscrever no Sisu, geralmente no mês de janeiro, e irá
concorrer às vagas disponíveis", afirma Andrea Godinho.
O Sisu é realizado duas vezes por ano, sempre no início do
semestre letivo. A inscrição é gratuita, em uma única etapa e é feita
pela internet.
Bolsas
Após a entrada no ensino superior, os estudantes podem ainda ser
beneficiados por bolsas de estudo. "Existem muitas instituições que dão
bolsas de 100% para os primeiros colocados no vestibular", conta Andrea,
do colégio Vértice.
Entre as opções, existe o Prouni (Programa Universidade para Todos),
que tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em
cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições
privadas de educação superior.
O programa também seleciona os candidatos com base na pontuação
obtida pelo Enem: é necessário ter feito mais de 450 pontos na prova, e não ter
tirado nota zero na redação.
Os estudantes devem ter cursado todo o ensino médio em escola
pública ou em instituição particular sendo bolsistas. Já para ter bolsa
integral, é necessário ter renda bruta familiar por pessoa de até 1,5 salário
mínimo. Para parciais, a renda deve ser de 3 mínimos.
Há ainda a opção pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil),
que financia a graduação na educação superior de estudantes matriculados em
instituições particulares. Podem recorrer ao financiamento os estudantes
matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nas avaliações
do MEC.
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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