Cristiane Capuchinho*
Do UOL, em Florianópolis
Do UOL, em Florianópolis
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgará em junho os resultado do ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização) com novidades nos dados apresentados. Pela primeira vez, serão publicados os dados dos alunos divididos por nível de aprendizado. A informação foi dada pelo presidente do órgão, Francisco Soares, no 6° Fórum Nacional Extraordinário da Undime (União de Dirigentes Municipais de Educação).
Além da nota geral da escola, a divulgação trará em que nível, de 1 a 5, está a escola --sendo que 1 é insuficiente-- e qual o percentual de alunos em cada nível, segundo Soares. A mudança significa a determinação do que é o nível adequado de aprendizado para alunos do 3° ano do ensino fundamental. Em 2013, 2,3 milhões de alunos fizeram a avaliação.
Outra novidade é que os resultados serão contextualizados com informações sobre o nível sócio-econômico de seus alunos (baixo ou alto, por exemplo) e a formação de seus docentes (adequada ou não). As informações provêm do questionário da Prova Brasil e do Programa Bolsa-Família.
Para os gestores, a informação ajudará a distribuir os recursos. Para o presidente do Inep, é importante que as redes adotem políticas públicas para dar mais a quem precisa. "Se eu tenho alunos mais difíceis, eles têm que ter turmas apropriadas, turmas melhores. Se eu tenho alunos mais fáceis, eu posso ter escolas menos complexas. E não é isso que a gente faz."
Para Cleuza Repulho, presidente da Undime, a ferramenta poderá ajudar no planejamento. "A avaliação tem que ser usada para planejamento e não para penalização", disse.
A avaliação foi aplicada pela primeira vez no ano passado e faz parte dos esforços do governo federal para o Pnaic (Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa).
Ensino Fundamental e Médio não têm parâmetros de aprendizado
A novidade na divulgação da avaliação de alfabetização por enquanto não será adotada para os indicadores do ensino fundamental (Prova Brasil) e médio (Exame Nacional do Ensino Médio).
Segundo Soares, isso está sendo pensado pelo MEC (Ministério da Educação), mas enfrenta, entre outras coisas, a barreira da definição do que é o nível adequado de aprendizado.
"A Prova Brasil já tem uma maneira de ser, não dá para mudar isso de uma hora para outra. Eu gostaria, mas existem dificuldades que ultrapassam a vontade pessoal", afirmou.
*A jornalista viajou a convite da Undime
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