Ritmo de mudança nas escolas precisa aumentar rápido para atender às demandas da nova geração de alunos e do mercado
SÃO PAULO - Colocar a sala de aula convencional do avesso é uma tendência na educação básica e no ensino superior. Isso é o que garantem especialistas, que defendem a necessidade de modernizar as classes. O ritmo de mudança nas escolas, para eles, precisa aumentar rápido para atender às demandas atuais, tanto da nova geração de alunos quanto do mercado.
"Devemos criar ambientes de aprendizado para esta geração, acostumada às redes sociais e à lógica de colaboração", explica Adriana Martinelli, coordenadora de Inovação Acadêmica do Instituto Singularidades, especializado na formação de professores. Segundo ela, uma das prioridades é mudar a cultura dos professores. "Formados no modelo antigo, eles ainda têm dificuldades em trabalhar nesta lógica", afirma.
A especialista também recomenda cuidados às direções das escolas ao incorporar os novos modelos. "A tecnologia não pode ser um modismo", afirma. "É necessário coerência: não adianta distribuir tablets e depois avaliar somente por uma prova escrita", ressalta Adriana, que também defende mudança na cultura das famílias para entender as propostas.
O consultor em educação Rafael Parente destaca que a tendência de produção colaborativa de conhecimento não se resume aos colégios. "É a mesma visão das empresas mais modernas", argumenta ele, que foi um dos responsáveis pela implantação na rede pública carioca do Projeto Gente, que também investe no uso de tecnologias e na construção coletiva de aprendizagem. Para ele, outra expectativa é que a escola saia dos próprios muros. "A tendência é ficar mais aberta à comunidade".
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