A campanha de vacinação contra a paralisia infantil terá início no próximo sábado (8), dia nacional de mobilização, e se estenderá até 21 de junho em mais de 115 mil postos. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do mais de 12 milhões de crianças a partir dos seis meses até os menores de cinco anos de idade (quatro anos, onze meses e 29 dias).
As duas gotinhas, como dose de reforço, serão dadas mesmo que as crianças já tenham sido imunizadas contra a doença. Se as crianças tiverem febre alta, alguma hipersensibilidade a algum componente da vacina –como por exemplo, a estreptomicina ou a eritromicina– ou alguma doença aguda, os pais devem conversar com os profissionais de saúde antes da vacinação, orienta o Ministério da Saúde.
Este ano, a campanha chega 24° ano sem a doença no país, estando livre do poliovírus desde 1990. O objetivo da campanha é garantir a não reintrodução da doença no território brasileiro, com a manutenção das campanhas de vacinação.
A pasta reforça que, apesar de o país ter erradicado a doença, a vacinação é importante para evitar a reintrodução da poliomielite por viajantes que chegam ao Brasil. Ainda há 16 países com casos registrados da doença.
A vacina poliomielite é trivalente e sua eficácia é em torno de 90% a 95%. Para uma imunidade longa, frente aos três tipos de poliovírus, é necessário completar o ciclo básico de três doses: duas doses da vacina inativada poliomielite (VIP) e uma dose da vacina oral poliomielite (VOP), sendo necessário uma dose de reforço (VOP) após o termino do ciclo básico. Assim, praticamente 100% dos vacinados terão proteção garantida.
O governo distribuirá aproximadamente 19,4 milhões de doses da vacina. Também será investido cerca de R$ 32,3 milhões, sendo R$ 13,7 milhões com a aquisição da vacina e R$ 18,6 milhões que serão repassados do Fundo Nacional de Saúde para as secretarias estadual e municipal de saúde. Desde o ano passado, o Brasil passou a realizar somente uma etapa da Campanha Nacional.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. O poliovírus foi transmitido por países endêmicos como Afeganistão, Nigéria e Paquistão ou por países que transmitiram por mais um ano o poliovírus como Angola, Chade e República do Congo.
Em 2012 foram registrados 223 casos: 217 (97,3%) em países endêmicos e seis (2,7%) nos não endêmicos. Apesar disso, observou-se uma redução de 36,9% no número de casos de poliomielite no mundo em 2112 quando comparado ao mesmo período de 2011, de 604 para 223 casos. Até o dia 12 de março deste ano, foram registrados dez casos: cinco no Paquistão, quatro na Nigéria e um no Afeganistão.
O Brasil serviu de exemplo para outros países ao adotar, a partir de 1980 e até 2011, a estratégia anual de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em duas etapas (junho e agosto) e aplicar a vacina em crianças menores de cinco anos de idade independentemente do estado vacinal anterior, alcançando as metas estabelecidas para cada etapa.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil sempre ficou acima da meta (95%), exceto na primeira etapa da campanha nos anos de 2005, 2006 e 2009, que ficou com valor inferior a 95%.
Fonte: Folha de S.Paulo /Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE).
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