Leyberson Pedrosa
Do Portal EBC
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Entre os dias 3 e 6 de julho, a
cidade de Porto Alegre recebe, pela 14ª vez, o Fisl (Fórum Internacional de
Software Livre). O evento conta com mais de 600 atividades entre palestras
técnicas, oficinas e demonstrações relacionadas ao SL (software livre). Para
explicar o que é esse conceito, confira entrevista com o coordenador-geral da
Associação de Software Livre, Ricardo Fritsch, que é responsável pela
organização do evento. Para ele, o Fisl vai além de questões técnicas,
envolvendo diferentes pautas sociais como educação, saúde e inclusão social.
O que é o Software Livre?
Por que essa escolha de uso tanto na
web quanto nas redes sociais?
A escolha é devido à qualidade
técnica, alta disponibilidade, escalabilidade e por se ter condições de adaptar
o software às suas necessidades, que podem ser modificadas a ponto de serem
redistribuídas em novos softwares.
A acessibilidade é um tema presente no
SL?
Sim, pois a gente se preocupa com
cidadania, colaboração e compartilhamento. Na comunidade, há um percentual de
pessoas que tem necessidades específicas. Assim, os desenvolvedores sempre se
preocuparam em fazer softwares inclusivos em relação ao som, às cores na tela,
etc. Como são livres, esses softwares podem ser adaptados e melhorados conforme
a necessidade.
Como o Fisl surgiu?
O Fórum Internacional de Software
Livre surgiu em 2000, em Porto Alegre, para debater a independência
tecnológica. Um dos pontos que discutimos é a dependência de governos e
empresas com softwares proprietários que tentam dominar o mercado tecnológico.
As recentes manifestações pelo Brasil
tem alguma relação com essa questão da dependência?
Esses protestos são resultado de uma
série de movimentos sociais que também se preocupam com o tema da liberdade. No
momento, o software livre tem sido utilizado como plataforma por esses
movimentos.
Já nós lutamos pela liberdade de
software, do hardware e da rede. Uma questão que nos é central é o Marco Civil
da internet. Essa ideia, inclusive, foi gerada na 10ª edição do Fisl.
Mas há outras pautas além da questão de
ser livre?
Sim, temos relação direta com a pauta
da educação, temos pessoas falando de softwares voltados para saúde e pautas
exclusivas sobre propriedade na internet. Outro assunto cada vez mais
importante que é a inclusão das mulheres tanto em eventos como o Fisl e na
tecnologia em si.
Fonte: BOL Notícias
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