terça-feira, 23 de julho de 2013

CONSTATAÇÃO : MUDANÇA NO MODELO DOS JOGOS ESCOLARES REDUZ MOTIVAÇÃO, NÍVEL TÉCNICO E PÚBLICO, DRASTICAMENTE


Tarde de domingo na quadra coberta com mais um WO. Decisão de mudar estilo do evento é pedagogicamente aceitável, mas já prejudica qualidade técnica e interesse dos alunos

Não se trata de ser do contra ou querer necessariamente que os Jogos Escolares voltem a editar o modelo de anos anteriores. Mas é por constatação que cabe afirmar que a decisão de suspender eventos festivos e outras atividades além quadra vai a cada ano impactando negativamente a participação de atletas e o nível técnico dos jogos escolares.

Dá pra dizer que só Freud explica o porquê : com a redução de eventos, caiu a frequência de espectadores que não tem relação direta com os jogos. Aqueles que íam para acompanhar os jogos e frequentar as barracas. Esse público, somado aos atletas que participavam das competições ou estudantes que costumavam torcer por sua escola lotava os ginásios. Com quadra lotada, havia estímulo para participação dos estudantes. A vontade de jogar para casa cheia estimulava o desejo de participar dos alunos, a qualidade da preparação e consequentemente das apresentações. É fato.



Hoje, os Jogos Escolares estão se configurando em um evento exclusivo para estudantes. Com menor exposição, há menor interesse na participação por parte de professores e alunos. Houve cidade que até ameaçou não enviar os atletas. Resultado : cai a qualidade técnica, porque aumenta o desinteresse dos atletas. A posição é compartilhada por ex atletas, profissionais de imprensa e muitos dos que atualmente estão envolvidos nos Jogos e acompanharam sua história recente, ouvidos pelo Blog.

O resultado é aferido em números : esta edição dos jogos escolares tem sido campeã em WOs, que é quando uma equipe simplesmente não aparece para jogar. Não é muito comum (um exemplo foi esta manhã), torcidas organizadas das escolas se interessam em ir a quadra estimular seus atletas. Aquele público formado por não atletas que iam antes para ver os jogos e aproveitavam para frequentar barracas e eventos culturais ou festivos acabou. Também falta estrutura. O Centro Desportivo não dispõe de uma pista de atletismo decente. O salto em distância este ano foi improvisado.

As rádios já tem muita dificuldade para conseguir patrocinadores, pois não há nenhum estímulo ou repercussão junto aos comerciantes. Aliás, já foram quatro, cinco emissoras cobrindo o evento. Hoje, as duas rádios locais se esforçam para passar as informações. Não fosse por elas, o evento passaria totalmente despercebido da comunidade.


A abertura oficial foi a que contou com o menor número de prefeitos. Destaque-se apenas a participação de Ana Cavalcanti, Secretária de Esportes do Estado com o fato novo. E só.

A mudança no modelo dos jogos começou com a Gerente de Educação anterior, a professora Cecília Patriota, seguida pela atual gestora, do mesmo grupo da atual, Josefa Rita. E aqui não vai uma crítica direta ao discurso de que os jogos devem ser feitos exclusivamente para os alunos, discurso totalmente plausível, aceitável e até politica e educacionalmente correto. O Blog apenas faz o registro de que essa opção tem tido um amargo efeito colateral para o que já foi o evento.

Fonte: Site do Nill Júnior

Um comentário:

  1. há mas não é só isso............ as faixas etária que participam dos jogos estaduais também mudou.....antes o mirim e o infantil quando ganhavam na fase regional iam disputar a fase estadual , agora somente o infantil pode participar, mirim e juvenil apenas participam da fase regional , como já citado no texto acima com fraca participação !!!

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