Leyberson Pedrosa
Do Portal EBC
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Nesta terça-feira (3), aconteceu o
primeiro dia de atividades da 14ª edição do Fisl (Fórum
Internacional de Software Livre), em Porto Alegre. Apesar
de ser realizado desde 2000, a edição deste ano é apenas a segunda em que a
sala Paulo Freire sedia palestras, cursos e debates sobre as relações entre
educação e tecnologia.
Na sala Paulo Freire, estudantes de
escolas selecionadas vão usar ferramentas de software livre para mostrar
projetos construídos no ambiente escolar. As escolas vão participar, via
videoconferência de debates junto com palestrantes convidados no evento. Cada
apresentação terá uma hora. Nos primeiros 20 minutos, a escola vai apresentar a
inovação. Após isso, palestrantes vão poder fazer considerações. Os últimos 20
minutos serão dedicados para a interação dos estudantes com o público do Fisl.
Clarisse Abrahão, que coordena o
espaço junto a uma rede de professores, explica a razão do nome para o local:
"a educação Paulo Freire é de código aberto", afirma. Abrahão destaca
que, antes mesmo do software livre, o processo de ensino e aprendizagem de
Paulo Freire já atuava de forma colaborativa, garantindo que o
conhecimento não tivesse um único dono.
Para ela, o Fisl ainda é um evento
voltado prioritariamente para desenvolvedores de software livre. Mesmo assim,
aos poucos, está descobrindo a importância de se debater a cultura e os
conceitos de educação que o envolvem.
Qualidade dos
aplicativos
Na opinião da professora, que atua na
ALS (Associação do Software Livre) e trabalha no Gabinete de Inovação e
Tecnologia – Inovapoa da prefeitura, há discursos que afirmam que os softwares
proprietários são melhores do que os livres. Contudo, ela retruca. "aqui
na sala trazemos diferentes exemplos de softwares livres com tanta qualidade
quanto qualquer outro proprietário como, por exemplo, o ambiente EducaTux e o
Scribus, que é um software de edição gráfica de jornal".
Segundo a educadora, se os governos
diminuíssem a compra de licenças de softwares pagos, os investimentos para
inclusão digital poderiam aumentar significativamente. "Imagina o gasto de
telecentro com vinte máquina com licenças. E o software livre ainda teria a
vantagem de ter atualizações mais constantes", calcula.
Fonte: BOL Notícias
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