A
mobilização dos trabalhadores em Educação, dentro da 14ª Semana
Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública movimentou a
Assembleia Legislativa de Pernambuco na tarde desta quarta-feira, 24 de
abril. A iniciativa foi destacada pela deputada e presidente da Comissão
de Educação da Assembleia Teresa Leitão, lembrando a greve nacional da
categoria marcada para os dias 23, 24 e 25 de abril.
Teresa
explicou que o movimento é amplo, não se restringindo à questão
salarial, tratando ainda de temas mais abrangentes como a destinação de
100% dos royalties do petróleo e de 10% do PIB para a educação; a
regulamentação da Convenção 151 da OIT e do art. 37 da Constituição, que
trata respectivamente da negociação coletiva e do direito de greve no
serviço público e a profissionalização dos funcionários da educação.
Falando
para um grande número de trabalhadores em educação, que lotaram as
galerias da Assembleia, a deputada lamentou o anúncio feito pelo governo
estadual de que os dias parados pela categoria serão descontados e
solicitou apoio do líder do governo, deputado Waldemar Borges, para que
as faltas possam ser negociadas com a Secretaria de Educação. “Lamento
muito essa posição do governo, adotada sob o argumento de que a greve
prejudica o ano letivo. Falta de estrutura também prejudica. Esse é um
movimento amplo, que acontece anualmente e que não deve ser tratado de
forma punitiva, reduzindo o debate”, ponderou.
Teresa
deixou claro em sua fala, que a prioridade para os trabalhadores em
educação é discutir os temas da Semana e não apenas garantir o não
desconto dos dias de greve, apesar de acreditar que impasse será
resolvido. “A defesa da educação é ampla. É preciso defender a
categoria, mas também promover e investir em outros assuntos
relacionados com o setor”, disse.
Após
a afirmação de alguns deputados de que em Pernambuco os professores
recebem o piso salarial de acordo com a lei, Teresa reconheceu o fato,
inclusive em relação às aulas atividade, mas acrescentou que em função
de alguns achatamentos e ajustes no plano, uma grande maioria de
professores com formação em ensino superior foi prejudicada, ficando com
um dos piores salários do Brasil.
Fonte: Nill Junior
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