quinta-feira, 25 de abril de 2013

DEPUTADA QUESTIONA SALÁRIOS PARA PROFESSORES COM FORMAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR EM PERNAMBUCO

 
A mobilização dos trabalhadores em Educação, dentro da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública movimentou a Assembleia Legislativa de Pernambuco na tarde desta quarta-feira, 24 de abril. A iniciativa foi destacada pela deputada e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Teresa Leitão, lembrando a greve nacional da categoria marcada para os dias 23, 24 e 25 de abril.
 
Teresa explicou que o movimento é amplo, não se restringindo à questão salarial, tratando ainda de temas mais abrangentes como a destinação de 100% dos royalties do petróleo e de 10% do PIB para a educação; a regulamentação da Convenção 151 da OIT e do art. 37 da Constituição, que trata respectivamente da negociação coletiva e do direito de greve no serviço público e a profissionalização dos funcionários da educação.
 
Falando para um grande número de trabalhadores em educação, que lotaram as galerias da Assembleia, a deputada lamentou o anúncio feito pelo governo estadual de que os dias parados pela categoria serão descontados e solicitou apoio do líder do governo, deputado Waldemar Borges, para que as faltas possam ser negociadas com a Secretaria de Educação. “Lamento muito essa posição do governo, adotada sob o argumento de que a greve prejudica o ano letivo. Falta de estrutura também prejudica. Esse é um movimento amplo, que acontece anualmente e que não deve ser tratado de forma punitiva, reduzindo o debate”, ponderou.
 
Teresa deixou claro em sua fala, que a prioridade para os trabalhadores em educação é discutir os temas da Semana e não apenas garantir o não desconto dos dias de greve, apesar de acreditar que impasse será resolvido. “A defesa da educação é ampla. É preciso defender a categoria, mas também promover e investir em outros assuntos relacionados com o setor”, disse.
 
Após a afirmação de alguns deputados de que em Pernambuco os professores recebem o piso salarial de acordo com a lei, Teresa reconheceu o fato, inclusive em relação às aulas atividade, mas acrescentou que em função de alguns achatamentos e ajustes no plano, uma grande maioria de professores com formação em ensino superior foi prejudicada, ficando com um dos piores salários do Brasil.
 
Fonte: Nill Junior

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