Cláudia Emi Izumi
Do UOL, em São Paulo
Para ajudar no aprendizado de idiomas,
sites disponibilizam gratuitamente textos, áudios e vídeos de atualidades
direcionados a estudantes de uma língua estrangeira. Neles, o noticiário é
apresentado por nível de conhecimento do leitor e há exercícios para turbinar o
aprendizado.
O material, também usado em salas de aula,
tem como vantagens melhorar o ouvido (listening) para a pronúncia original,
ampliar o vocabulário e o contato com estruturas gramaticais complexas e,
principalmente, tratar de temas que podem fazer a diferença em testes de
admissão de universidades fora do país, entrevistas de emprego ou exames de
proficiência.
"O estudante precisa se preocupar em
compreender a mensagem geral, e não se ater a palavras cujo significado não
entende. Uma dica é trabalhar alguns trechos várias vezes, até dominá-lo",
afirma Marilena Fernandes, coordenadora do departamento de inglês da
Alumni, que usa noticiários em suas aulas.
Há técnicas para tirar maior proveito de vídeos, áudios ou
textos de noticiários, mas não há receita milagrosa: a dedicação regular faz
diferença no curto prazo. Segundo Marilena Fernandes, da Alumni, a insegurança
inicial ao rodar vídeos ou áudios dos quais se entende pouca coisa é normal.
Isso acontece porque o noticiário costuma
ser narrado mais rápido, em tempo real de TV ou rádio, e mesmo um treino
simples, como ouvir as passagens em outro idioma, já treina o ouvido para os
sons ou um punhado de palavras novas.
"Não pode existir aquela expectativa
de que vai entender tudo na primeira vez", alerta Fernandes. "O
estudante precisa se preocupar em compreender a mensagem geral, e não se ater a
palavras cujo significado não entende. Uma dica é trabalhar alguns trechos
várias vezes, até dominá-lo."
Ler o texto original, que costuma
acompanhar as lições online com vídeos e áudios, só é recomendando em uma
segunda etapa. O dicionário mesmo só deve aparecer em último caso e, se for
assim, preferencialmente em edições inglês-inglês.
"Olhar o significado em português não
é bom. A melhor recomendação é o aluno entender o vocábulo segundo a explicação
no próprio idioma que está estudando", comenta Priscilla Generalli. Ela é
coordenadora pedagógica da unidade do Itaim da rede de ensino Wall Street
Institute, que usa conteúdo adaptado de artigos do jornal econômico
"Financial Times".
Os sites que disponibilizam as aulas de
línguas com material didático baseado em noticiários, geralmente de emissoras
de TV e de rádio de outros países, também dão sugestões para que seus alunos
online rendam mais.
Além de ouvir os vídeos e os áudios
repetidas vezes, escolha aquele cujo assunto lhe seja mais familiar para
facilitar a compreensão. Se não gosta de política, vai ser difícil se apegar a
uma narração sobre o conflito na Síria, por exemplo.
Links dos sites:
Fonte:
noticias.bol.uol.com.br
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