Do UOL, em São Paulo
A greve nacional de três dias organizada pela CNTE (Confederação
Nacional dos Trabalhadores da Educação), união de sindicatos de professores e
funcionários de escolas ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores),
começou nessa terça-feira (23). A paralisação deve durar até quinta-feira
(25).
Segundo a CNTE, 22 Estados aderiram
oficialmente à greve: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo,
Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná,
Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa
Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
A greve nacional acontece dentro da
14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. O movimento pede
que 100% dos royalties do petróleo sejam destinados para a educação, além de
10% do PIB (Produto Interno Bruto). A aprovação do PNE (Plano Nacional da
Educação), o cumprimento do piso nacional do magistério e a profissionalização
dos funcionários da educação também são reivindicações da categoria.
Hoje, foram registrados protestos em
Estados como Rio Grande do Sul, Bahia, Paraíba e Pernambuco. Os professores
das universidades estaduais da Bahia também paralisaram as atividades nesta
terça.
Para amanhã (24), estão marcados atos
no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores
dos Estados e municípios.
Lei do Piso
A paralisação foi decidida no final
de fevereiro, um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal)
cancelar os primeiros três anos de vigência da Lei 11.738, que estabelece o
piso nacional docente no país, cujo valor atual é de R$ 1.567,00.
Quando a lei foi sancionada em 2008, seis governadores estaduais entraram com
ação contra ela, alegando que teriam seus custos com pessoal elevado em
"dezenas de bilhões de reais".
Com a decisão do Supremo, professores
que não receberam o piso regularmente desde o início de vigência da lei não
poderão cobrar as diferenças de forma retroativa. A validade da lei passou para
abril de 2011.
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário