Análise de 20 casos indica que não há modelo único; currículo, divisão do horário e até local de atividades variam
Ainda raridade nas redes públicas, o número de escolas de tempo integral tem crescido após o Plano Nacional de Educação - em trâmite no Congresso - prever que, até 2020, metade das escolas amplie a jornada escolar diária para o mínimo de sete horas. Mas, em muitos casos, o aumento da carga horária é o único ponto que une essas experiências dispersas pelo Brasil. O currículo, a divisão do horário e até o espaço onde as atividades são realizadas variam muito de município para município e até de escola para escola.
É o que mostra a publicação apresentada ontem pela Fundação Itaú Social, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Em destaque, 20 experiências que podem ser referência tanto na organização do tempo e do espaço como na formação dos profissionais e no monitoramento e avaliação do programa.
Em Betim (MG), o destaque é o trabalho integrado de 12 secretarias municipais. A de Planejamento, por exemplo, computa em seu orçamento gastos com locação de espaços para atividades externas dos alunos. A de Esportes contemplava em seu quadro os profissionais para atuar em oficinas nas escolas ou centros conveniados.
Em Santos, o destaque é o trabalho de monitoramento e avaliação do programa de educação integral. No município do litoral paulista, a avaliação é feita três vezes ao ano por elas próprias, pelos professores e monitores.
"As avaliações mostram que os que mais se beneficiam da educação integral são os de piores condições socioeconômicas. Logo, ela é fundamental para a equidade. E, a equidade, com a garantia de que todos estão aprendendo, é condição para o desenvolvimento do País", resume Isabel Santana, gerente de Educação e Avaliação da Fundação Itaú Social.
Fonte: estadao.br.msn.com
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