Claudia Emi Izumi
Do UOL, em São Paulo
Cerca de 13% das bolsas
concedidas pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) são para cursos a
distância, segundo o MEC (Ministério da Educação). Desde a sua criação, em
2004, o programa beneficiou até 2012 (dados mais recentes) um total de
1.096.322 bolsas de estudo. Destes, 138.273 (13%) tiveram como destino os
matriculados em cursos a distância, contra 958.049 presenciais (87%).
A proporção apontada no
programa é bem parecida com o percentual verificado no Censo da Educação
Superior. Em sua edição mais recente, de 2011, a proporção entre universitários
em instituições particulares em cursos presenciais e em graduações a distância
foi de 14,7%.
A escolha dos
beneficiários é por mérito, a partir de notas do Enem (Exame Nacional do Ensino
Médio) dos candidatos. Neste ano, o Prouni prevê que serão 162.329 bolsas de
estudos para 12.159 cursos de 1.078 instituições de todo o país.
Para o professor João
Vianney, que integra a Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância),
"o número de alunos matriculados em EAD na década de 2000 até 2011 supera
muitas vezes a quantidade de bolsas concedidas pelo Prouni". Segundo ele,
"a explicação está no fato de que as mensalidades nos cursos de graduação
a distância estão na faixa de R$ 169,00 a R$ 260,00 na grande maioria dos
cursos, e, por isso, o acesso das camadas de menor renda foi imediato".
Como pedir
No momento da inscrição do
Prouni, o estudante define onde pedir a bolsa a partir de uma consulta a uma
lista de modalidades de cursos (presenciais ou a distância) das instituições
privadas de ensino superior que participam do programa.
Só pode se candidatar à bolsa o estudante que
tenha feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do ano anterior e obtido um
mínimo de 450 pontos na média das cinco notas (ciências da natureza e suas
tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas
tecnologias; matemática e suas tecnologias e redação). Ele também não poderá zerar
na redação.
Para receber a bolsa
integral, o estudante deve ser de uma família que tenha renda familiar, por
pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para a bolsa parcial, de até três
salários mínimos.
Ele precisa ainda atender
o seguinte perfil: vir do ensino médio completo em escola da rede pública, ou
ter cursado o ensino médio completo em instituição privada, na condição de
bolsista integral da respectiva instituição, ou cursado todo o ensino médio
parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada,
na condição de bolsista integral na instituição privada, ou se for do grupo
formado por afrodescendentes, indígenas e pessoas com deficiência.
Se é professor da rede
pública de ensino, terá direito à bolsa, desde que exerça efetivamente o
magistério da educação básica, integre o quadro de pessoal permanente de
instituição pública e concorra a bolsas exclusivamente nos cursos de
licenciatura, normal superior ou pedagogia. Nesses casos a renda não é
considerada.
Fonte: noticias.bol.uol.com.br
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